Como Pagar Menos Impostos Sendo Gestor de Tráfego Digital: Guia Completo e Atualizado
A profissão de gestor de tráfego digital vem crescendo de forma acelerada, impulsionada pelo aumento dos negócios online, infoprodutos e e-commerces. Mas com esse crescimento, surgem também dúvidas recorrentes — e uma das mais comuns é: como pagar menos impostos legalmente?
Se você atua com tráfego pago e quer manter seu negócio regularizado sem comprometer seus lucros com tributos desnecessários, este conteúdo foi feito para você.
Neste guia, você vai aprender:
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Como funciona a tributação para gestores de tráfego;
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Quais são os principais erros que fazem você pagar mais do que deveria;
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Como escolher o melhor regime tributário;
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Como a contabilidade digital pode ajudar você a economizar;
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Estratégias legais de planejamento tributário;
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E muito mais.
O Que Faz um Gestor de Tráfego Digital?
Antes de entrarmos nas questões tributárias, é importante entender o que exatamente caracteriza a atividade de gestor de tráfego perante o Fisco.
O gestor de tráfego é o profissional responsável por planejar, executar e otimizar campanhas pagas em plataformas como Google Ads, Facebook Ads, TikTok Ads, entre outras. Seu objetivo é gerar visibilidade, leads e vendas para negócios digitais, e-commerces ou infoprodutos.
Legalmente, essa atividade se enquadra como uma prestação de serviço de marketing digital — o que tem implicações diretas na forma de tributação.
É Possível Ser Gestor de Tráfego com CPF?
Sim, você pode começar a atuar como pessoa física, emitindo recibos simples. No entanto, essa prática limita seu crescimento e, a longo prazo, faz você pagar mais impostos.
Como pessoa física, sua receita entra no Imposto de Renda (IRPF) com alíquotas que podem chegar a 27,5%, fora a contribuição ao INSS como autônomo. Já imaginou pagar quase 1/3 do que fatura só em imposto?
A melhor saída é formalizar sua atividade com um CNPJ, o que abre caminho para um planejamento tributário mais eficiente e, consequentemente, pagar menos impostos.
Vantagens de Formalizar seu Negócio com CNPJ
Ter um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) traz inúmeras vantagens para o gestor de tráfego:
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Emissão de Nota Fiscal de Serviço (NFS-e);
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Acesso a plataformas de pagamento e marketplaces que exigem CNPJ;
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Possibilidade de contratar equipe de forma legal;
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Abertura de conta PJ, acesso a crédito e investimentos;
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Tributação reduzida, se comparada à pessoa física.
Mas atenção: abrir um CNPJ não é o bastante. É preciso saber como enquadrar corretamente a sua atividade e escolher o regime tributário certo para realmente pagar menos.
CNAE Ideal para Gestores de Tráfego
Recentemente, a Receita Federal atualizou a classificação para incluir atividades relacionadas à gestão de tráfego digital. O CNAE recomendado é:
6319-4/00 – Portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet
Este código abrange serviços de gestão e medição de tráfego digital na internet, sendo o mais adequado para profissionais que atuam com tráfego pago e estratégias de marketing digital .
CNAEs Secundários Relevantes
Além do CNAE principal, é possível incluir atividades secundárias que complementem os serviços oferecidos:
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7311-4/00 – Agências de publicidade: Para serviços mais amplos de publicidade digital.
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7319-0/03 – Marketing direto: Caso atue com campanhas de marketing direto.
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74.90-1/04 – Atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliários: Para atividades relacionadas a afiliados ou dropshipping.
A escolha dos CNAEs secundários deve refletir fielmente as atividades exercidas, evitando problemas fiscais futuros.
A escolha do CNAE influencia diretamente no tipo de nota fiscal, regime de tributação e possíveis alíquotas.
Qual o Melhor Tipo de Empresa para o Gestor de Tráfego?
A maioria dos gestores de tráfego começam como MEI (Microempreendedor Individual), mas atenção: o MEI não permite atividades de marketing digital.
Por isso, as melhores opções são:
1. ME – Microempresa (no Simples Nacional)
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Faturamento anual de até R$ 360 mil;
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Regime simples e menos burocrático;
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Alíquotas entre 6% a 17,42%, dependendo da receita e do fator R.
2. EPP – Empresa de Pequeno Porte
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Para quem fatura entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões;
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Continua no Simples Nacional;
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Pode ter mais benefícios conforme estrutura e equipe.
Como Pagar Menos Impostos Sendo Gestor de Tráfego
Agora vamos ao ponto principal: estratégias práticas e legais para reduzir a carga tributária.
1. Escolha o Regime Tributário Ideal
Os três principais regimes no Brasil são:
➤ Simples Nacional
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Sistema simplificado para pequenas empresas;
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Unifica impostos federais, estaduais e municipais;
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Para o gestor de tráfego, pode começar com alíquota de 6% sobre o faturamento bruto.
➤ Lucro Presumido
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Indicado quando a margem de lucro é alta;
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Incide em média de 13,33% a 16,33%;
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Mais vantajoso se você tem poucos custos operacionais e fatura acima de R$ 30 mil/mês.
➤ Lucro Real
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Usado quando os custos e despesas são altos;
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Exige escrituração contábil detalhada;
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Mais burocrático, mas pode valer a pena em casos específicos.
Um contador especializado pode simular e comparar os regimes, de acordo com o seu faturamento e modelo de negócio.
2. Planejamento Tributário Contínuo
Não basta abrir o CNPJ e esquecer. Você precisa de um planejamento tributário ativo, que envolve:
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Simulações mensais de regime tributário;
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Classificação correta de despesas;
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Emissão de notas fiscais regularizada;
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Revisão de contratos e forma de remuneração;
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Aproveitamento de benefícios fiscais, como INSS, plano de saúde, auxílio home office, etc.
3. Tenha uma Contabilidade Digital Especializada em Negócios Digitais
A contabilidade digital revolucionou a forma como empreendedores lidam com seus impostos.
Vantagens:
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Atendimento online e ágil;
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Custos reduzidos;
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Especialistas no seu nicho;
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Alertas e gestão de obrigações fiscais;
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Auxílio no uso de ferramentas de emissão de NFS-e e geração de guias de impostos.
Um contador que entende de tráfego pago, infoprodutos, lançamentos e marketing digital faz toda a diferença na sua economia de tributos.
4. Use o Pró-Labore de Forma Inteligente
Ao retirar dinheiro da empresa, você pode fazer isso via:
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Pró-labore: remuneração do sócio com INSS;
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Distribuição de lucros: isenta de imposto de renda, se a contabilidade estiver em dia.
O ideal é equilibrar ambos. Exemplo:
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R$ 2.000 de pró-labore para manter o fator R;
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R$ 8.000 de distribuição de lucros livres de imposto.
Exemplo Prático de Economia Tributária
Vamos a um exemplo real:
João é gestor de tráfego, fatura R$ 20 mil/mês e não tem funcionários. Ele atua como pessoa física e paga R$ 5.500 de IR e INSS.
Após formalizar sua empresa como ME no Simples Nacional, enquadrado no Anexo III por ter pró-labore registrado, ele passa a pagar:
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Impostos totais: R$ 1.800/mês
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Economia mensal: R$ 3.700
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Economia anual: R$ 44.400
Como Saber se Você Está Pagando Impostos Demais?
Faça as seguintes perguntas:
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Você atua como PF e não emite nota fiscal?
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Está pagando IR como autônomo ou recebendo via PJ sem planejamento?
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Tem um CNPJ, mas não revisou o regime tributário nos últimos 12 meses?
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Nunca ouviu falar do Fator R ou Anexo III?
Se respondeu sim a qualquer uma, é bem provável que você esteja pagando impostos a mais do que deveria.
Economizar Impostos é Ser Estratégico
Pagar menos impostos não é sinônimo de sonegar. Pelo contrário: significa usar a lei a seu favor, de forma inteligente, com um planejamento tributário bem estruturado.
Se você é gestor de tráfego, já entendeu que seus ganhos podem ser impactados diretamente pela forma como lida com a contabilidade. E a diferença entre o lucro e o prejuízo, muitas vezes, está na forma como você lida com seus tributos.
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Publicado por Cleiton Sousa
Contador | Especialista Contabilidade Fiscal e Direito Tributário