Supermercado no Simples Nacional: Quando Vale a Pena e Quando Não?

Supermercado no Simples Nacional: Quando Vale a Pena e Quando Não?

Optar pelo Simples Nacional pode parecer uma escolha simplificada para supermercados — mas será que sempre compensa? Em 2025, com limites de faturamento em R$ 4,8 milhões — e necessidade de recolhimento de ICMS ou ISS fora da guia DAS acima de R$ 3,6 milhões — muitos supermercadistas acabam pagando mais que deveriam sem saber.

Este artigo mostra com clareza quando o Simples vale a pena — considerando estrutura de custos, margem e mix de produtos — e quando outros regimes (Lucro Presumido ou Lucro Real) podem ser mais vantajosos, ajudando você a tomar decisões com segurança fiscal e estratégica.


1. O que o Simples Nacional Representa para Supermercados

O Simples Nacional unifica tributos como IRPJ, CSLL, PIS/COFINS, ICMS e ISS em uma única guia (DAS), tornando a gestão fiscal mais simples e com custo contábil reduzido. Ideal para comércios de pequeno porte — se enquadrados corretamente e dentro de limites de faturamento.

Ele se aplica ao Anexo I — Comércio, com alíquotas que vão de cerca de 4% a 19%, dependendo da faixa de faturamento.


2. Vantagens do Simples Nacional para Supermercados

  • Simplicidade operacional com guia única de pagamento, sem necessidade de apuração individual de vários tributos.

  • Custos contábeis reduzidos, pois a obrigação acessória é menor (em comparação ao Lucro Real).

  • Ideal para faturamento até R$ 3,6 milhões, quando ainda não há recolhimento separado de ICMS/ISS. 

  • Rapidez na gestão fiscal, favorecendo pequenos supermercadistas com poucos funcionários.


3. Quando o Simples NÃO Vale a Pena

3.1. Faturamento entre R$ 3,6 mi e R$ 4,8 mi

Nesse caso, o supermercado fica no Simples, mas precisa pagar ICMS/ISS fora do DAS, gerando burocracia e custo adicional, o que reduz a vantagem.

3.2. Margens de lucro muito baixas

Supermercados com margens apertadas podem pagar mais imposto no simples do que em regimes como Lucro Presumido ou Real, especialmente quando despesas com pessoal são altas.

3.3. Operações com substituição tributária (ICMS-ST)

O Simples pode levar à bitributação, já que o ICMS-ST não é compensado pelo DAS, tornando outros regimes mais favorecidos operacionalmente.

3.4. Limites máximos e fiscalizações intensificadas em 2025

Com a fiscalização cada vez mais automatizada e cruzamento de dados fiscais, empresas no limite do Simples acabam expostas a erros e autuações.


4. Alternativas Tributárias ao Simples Nacional 

4.1. Lucro Presumido

Indicada para supermercados com margem razoável e estrutura organizada. Permite recuperação parcial de créditos fiscais e alíquotas de IRPJ e CSLL calculadas sobre base presumida.

4.2. Lucro Real

Obrigatório acima de R$ 78 milhões de faturamento ou quando há operações complexas. Ideal para quem precisa aproveitar créditos fiscais e tem controle contábil apurado.

Comparativo entre regimes

Critério Simples Nacional Lucro Presumido Lucro Real
Faturamento anual até R$ 4,8 mi (ideal até 3,6) até R$ 78 mi acima de R$ 78 mi
Complexidade Baixa — guia única Média — obrigações separadas Alta — contabilidade rigorosa
Adequação ao varejo alimentar Média a alta Boa Excelente se bem estruturado
Recuperação de créditos Limitada Parcial Plena (dependendo da operação)

5. Simulações Reais para Supermercados em 2025 (≈ 500 palavras)

Empresas entre R$ 3,6 mi e R$ 4,8 mi de faturamento devem simular:

  • Custo do DAS (anexo I)

  • ICMS-ST pago fora do DAS

  • Possibilidade de tributação em Lucro Presumido, com recuperação de créditos

  • Comparativo de margem líquida em cada regime

  • Inclusive cenários para excluir Simples se necessário após cruzamentos fiscais automatizados


6. A importância do diagnóstico contábil especializado 

  • Revisão constante dos anexos e alíquotas do Simples Nacional com base na tabela 2025.

  • Acompanhamento da reforma tributária com implantação gradual de IBS/CBS, que impacta fornecedores do Simples.

  • Apoio profissional para evitar arrependimento anterior por escolha mal informada e garantir segurança no regime escolhido.


7. Erros que supermercadistas frequentemente cometem 

  • Permanecer no Simples após ultrapassar limite sem revisar regime fiscal

  • Não monitorar separação de ICMS-ST

  • Não simular Lucro Presumido ou Real com base em dados reais

  • Falta de planejamento antes de fechar o ano fiscal


8. Guia prático para decidir e alterar de regime 

  1. Faça um diagnóstico fiscal e contábil completo com faturamento real

  2. Simule modelos tributários para comparar custos reais

  3. Consulte o contador especializado em varejo alimentar

  4. Se necessário, solicite mudança até 31 de janeiro do ano seguinte

  5. Mantenha regularidade contábil para evitar exclusão automática

O Simples Nacional ainda é opção viável para muitos supermercados, especialmente menores e com gestão simplificada. No entanto, para empresas com faturamento próximo ao limite, operações com ICMS-ST ou margens apertadas, regimes como Lucro Presumido ou Real podem oferecer economia real e segurança fiscal superior.

Planeje com clareza, avalie cenários e atualize-se com a contabilidade especializada para garantir que o regime tributário escolhido seja um aliado, e não um empecilho, na sua lucratividade e sustentabilidade fiscal.

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Publicado por Cleiton Sousa
Contador | Especialista Contabilidade Fiscal e Direito Tributário

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