MEI na área da beleza pode ser parceiro de salão? Saiba como emitir nota corretamente
1. Dúvidas frequentes e riscos reais
Se você é profissional na área da beleza — cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure — e atua como MEI dentro de um salão, provavelmente já se perguntou:
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“Como posso formalizar essa parceria sem risco trabalhista?”
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“Quem emite a nota fiscal: eu ou o salão?”
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“Como fazer isso corretamente?”
Essas dúvidas são comuns e trazem consequências reais: emitir nota de forma errada ou informal causa riscos fiscais, tributários e trabalhistas. Ainda pior: a falta de clareza no procedimento deixa a parceria insegura tanto para o dono do salão quanto para você, MEI.
Neste guia completo, você vai aprender:
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O que diz a Lei do Salão Parceiro (Lei 13.352/2016 e atualizações reais de 2025)
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Como MEIs podem atuar como parceiros, sem que o salão seja MEI
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Regras para emissão correta da NFS-e por porcentagem
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Cuidados práticos para formalizar a parceria sem riscos
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Como a contabilidade especializada pode te proteger
2. Lei do Salão Parceiro — o que mudou em 2025?
Criada para proteger as relações no setor de beleza, a Lei 13.352/2016 foi ratificada pelo STF em 2021 e teve regulamentações atualizadas em 2025. Seu objetivo é formalizar contratos de parceria sem vínculo empregatício.
Segundo o Sebrae e Plantão Contábil:
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O salão não pode ser MEI, mas pode ser optante pelo Simples, Lucro Presumido ou Real. Os parceiros — cabeleireiros, manicures e demais — podem ser MEI ou microempresa .
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Os valores repassados não integram a receita bruta do salão, desde que formalizados corretamente.
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Para se resguardar, o contrato deve ser formalizado e homologado em sindicato ou registro similar.
A legislação também destaca:
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O salão deve emitir apenas uma nota por cliente, discriminando o total, o repasse e o CNPJ dos parceiros.
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O profissional MEI precisa emitir uma nota à parte, no fim do mês, com o valor total recebido como comissão.
3. MEI parceiro de salão: obrigações fiscais e limites
O profissional MEI não pode ultrapassar o teto anual de R$ 81.000,00 (ou até 20% de tolerância, conforme regras de 2025). Usar o modelo como MEI é vantajoso, mas exige limites claros:
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Atividade compatível: usando os CNAEs 96.02-5/01 para cabeleireiro, manicure, esteticista etc.
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Emissão de nota mensal: obrigatória e suficiente para comprovação contábil .
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Responsabilidade tributária: o MEI não recolhe imposto sobre ISS/INSS da parte repassada, apenas sobre sua própria receita.
4. Guia completo para emissão da NFS‑e no modelo parceiro
4.1 Para o salão-parceiro
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Emite uma única nota ao cliente com o valor total do serviço;
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Discrimina o percentual do parceiro e o CNPJ — valor informado no campo de dedução.
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Tributa apenas sobre a sua parte, conforme Anexo III do Simples.
4.2 Para o MEI parceiro
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Emite uma única nota mensal, com o valor total do recebido em comissões.
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Não precisa emitir por atendimento (exceto se cliente exigir);
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Valor da nota é a cota-parte recebida do salão.
5. Contrato de parceria — essencial para segurança jurídica
Para se proteger, o contrato deve conter:
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Percentual e forma de pagamento por serviço;
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Periodicidade dos repasses;
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Responsabilidades do salão (infraestrutura, higiene, o que disponibiliza);
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Responsabilidades do parceiro (materiais próprios, regularização fiscal);
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Autonomia profissional (sem subordinação ou exclusividade);
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Cláusula de rescisão com aviso prévio de 30 dias Homologação no sindicato/local habilitado com duas testemunhas.
Esse documento é validado pelo STF e evita que a Justiça reconheça vínculo como CLT .
6. Cuidados práticos para evitar riscos trabalhistas
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Autonomia real: defina horários e agenda próprios, sem metas ou ordens diretas do salão;
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Não exija exclusividade;
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Profissional deve trazer seus itens e manter higiene;
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Não imponha ordens ou penalidades;
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Controle de contratos e NFSe mensalmente com apoio contábil.
Esses cuidados registam a parceria como acordo civil, não CLT.
7. Por que é essencial a contabilidade especializada
Profissionais da beleza precisam de apoio especializado para:
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Emissão correta da NFS-e com deduções;
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Cadastro e controle da cota-parte no Simples;
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Emissão do MEI parceiro (nota, DAS, DAS-MEI);
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Armazenamento de notas e contratos digitalizados;
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Demonstração de receitas própria e do salão.
A contabilidade também ajuda a definir regime tributário, tropas digitais e evita irregularidades.
8. Perguntas frequentes (FAQs)
MEI parceiro precisa de certificado digital?
Sim, pois precisa emitir NFS‑e mensal. Certificados da prefeitura ou A1/A3 oferecem segurança.
Posso emitir nota por serviço?
Pode, em caso de cliente exigir, mas o mais comum e prático é usar nota mensal consolidada.
Posso ter exclusividade?
Não. Isso caracteriza subordinação. O contrato não deve impor trabalho exclusivo.
E se o salão for MEI?
Não pode. Salão precisa ser pelo tipo ME, Presumido ou Real, mas não MEI
O MEI precisa migrar de regime (ME ou LTDA) para evitar multa e problemas fiscais.
9. Vantagens reais da formalização correta
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Segurança jurídica: contratos homologados evitam processos trabalhistas;
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Transparência: fluxo de repasses e emissão de notas faltam dúvidas;
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Economia fiscal: corte na base de tributação do salão;
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Profissionalismo: imagem mais forte para clientes e parcerias;
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Controle e previsibilidade para ambas as partes.
10. Resumo rápido dos passos
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Formalize contrato e homologue;
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MEI parceiro tenha CNPJ e atividade compatível (CNAE 96.02);
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Use software ou contador para emissão da NFS‑e correta;
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Emita NF única mensal para o salão e o salão emita NF única para o cliente;
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Armazene eletronicamente notas e contratos;
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Revise o processo anualmente com contabilidade.
11. Depoimentos reais (fórum contábil)
“O PARCEIRO deve ser MEI ou ter CNPJ ativo… se cobrar R$100, salão fica com 40%, parceiro com 60%, e cada um emite nota”
“Profissionais parceiros podem emitir uma única nota mensal com o total das comissões”
12. Como a Monetizei Contabilidade atua
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Formalização do contrato e acompanhamento sindical;
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Configuração e emissão correta da NFS‑e para salão e parceiro;
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Assessoria em certificados digitais e cadastro na prefeitura;
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Apoio na migração do MEI quando ultrapassa limites;
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Suporte estratégico para manter tudo em conformidade.
O modelo de parceria com MEI dentro de salões é uma alternativa vantajosa, quando aplicado de forma regulamentada por leis e decretos atualizados em 2025. Para evitar riscos, você deve:
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Formalizar parcerias com contrato eficaz;
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Emitir notas da forma certa (saquinho;
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Registrar contrato de parceria;
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Ter apoio contábil especializado.
Dessa forma seu trabalho fica seguro, legal e bem estruturado — reforçando sua autoridade no segmento da beleza e crescendo com tranquilidade.
Se quiser ajuda para estruturar ou revisar sua parceria com MEI, entre em contato com a Monetizei Contabilidade. Estamos prontos para ajudar você a crescer com segurança!
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Publicado por Cleiton Sousa
Contador | Especialista Contabilidade Fiscal e Direito Tributário